"Tão bom morrer de amor e continuar vivendo..."
(Mário Quintana)
* Já morri tantas vezes...
Tantas mas mesmo assim me lembro de cada morte.
Lembro de cada rosto, do gosto, do gesto.
Lembro do discurso e lembro até da falta dele.
Tudo ficou guardado num canto especial que criei sem saber e por isso mesmo não sei onde achar, ele (o canto) é que me acha na hora que ele quer.
Nas noites frias, na música, nos dias.
No que poderia ter sido e no que se transforma o que foi: Saudade.
Depois a gente sabe que isso sofre metamorfose, vira só lembrança.
Cuidado! Não interrompa essa mudança!
Pq tem gente que se acostuma a sofrer e nem percebe que vira vício.
Não precisa doer a vida inteira, só o tempo necessário para o coração descansar e começar tudo de novo...