sábado, 4 de abril de 2009

Amor


Amor...
Aos que não casaram,
Aos que vão casar,
Aos que acabaram de casar,
Aos que pensam em se separar,
Aos que acabaram de se separar,
Aos que pensam em voltar...

Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja. O amor é único, como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus. A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, a sedução tem que ser ininterrupta.

Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança acabamos por sepultar uma relação que poderia ser eterna. Casaram.

Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas. Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão intenso.

É preciso que haja, antes de mais nada, respeito. Agressões zero.

Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor, só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos,
acessos de carência, infantilidades. Tem que saber levar. Amar, só, é pouco. Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas pra pagar. Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar. Não adianta, apenas, amar.


Entre casais que se unem visando à longevidade do matrimônio tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um. Tem que haver confiança. Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou.

É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão. E que amar, "solamente", não basta. Entre homens e mulheres que acham que o amor é só poesia,tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade.

Tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado. O amor é grande, mas não é dois. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência. O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.

Um bom Amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!


Arthur da Távola

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Eu me acerto


Não pensa mais nada
No final dá tudo certo de algum jeito
Eu me acerto, eu tropeço
E não passo do chão
Pode ir que eu aguento
Eu suporto a colisão
Da verdade na contra-mão
Eu sobrevivo
E atinjo algum ponto
Eu me apronto pro dia seguinte
Escovo os dentes
Abro a porta da frente
Evito a foto sobre a mesa
E ninguém aqui vai notar
Que eu jamais serei a mesma.
Escovo os dentes
Abro a porta da frente
Evito a foto sobre a mesa
E ninguém aqui vai notar
Que eu jamais serei a mesma.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Wander

Sorrisos sinceros, abraço sincero. A gente se acarinha de longe e se ama com tanta força!

Helô e Dani


Essas duas mulheres... sempre fico sem ter muito o que dizer oq o que elas me dão é tanto e tanto... Vou inventar um sinônimo quer trazuda meu amor por vcs.. por enquanto digo: não sei viver sem vocês, não mesmo...

Laine's


Vamos ser feliz!! Gente do bem me dá vontade de dançar, lembra??? rsrsrs
Eu te Amoooo !!!

Brícia

A gente nunca está pronto pra receber o amor... E memso que ele venha em outro dia, de outra forma, chega até nós de uma forma tão bela, verdadeira e IRREMEDIÁVEL, que nos faz feliz , de dentro para fora. Amo vc!

João


Seu derrepente perdesse tudo na vida, pensaria: Ainda bem que esse homem existe na minha vida! tenho-o de forma IREMEDIÁVEL e crescente. Amo tanto que nem sei....

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Minha Flor !



"Parece que o sol brilha mais perto, Parece que tudo é mais esperto..." Amar é pouco pra gente!

Meu filho!

Filho, não canso de dizer que tenho um orgulho danado de vc, és um homem íntegro, sensível, inteligente e sempre buscou td que quis. Sempre estarei na tua vida para o que der e vier, Te amo filho!

Cristina e suas filhas lindas!

Amiga, irmã amada!! Sem palavras para você amor da minha vida!

Doce de abóbora



Quando desligou o telefone, já estava atrasada. Na verdade estava no horário, mas sempre fora assim. O analista diagnosticara ansiedade, mas ela prefere definir como urgência, afinal fica mais leve. Não se sentia tão culpada por não conseguir mudar. Aliás era especialista em culpas. Era culpa por não ter terminado os estudos, culpa por ter furado fila aquele dia, por não se achar boa mãe, por não ser boa filha, por comprar cd pirata, por ...Foi se arrumar e nessa hora sempre lembrava de sua amiga Bia que ficava horas para decidir qual peça combinava com o que, ela não tinha lá muitas opções. Lá vinha mais culpa! Era culpa por não comprar roupas! Sempre achava tudo caríssimo mas nada tinha preço quando era para presentear, era literalmente um prazer.

Sem muita emoção deu uma olhadela no espelho e saiu. Gostava de pegar ônibus. Sempre achara que existiam três situações perfeitas para pensar nas coisas: Lavando louça, tomando banho e no ônibus. Era incontrolável, quando percebia já tinha programado até a agenda da semana.

Sentou no canto mais tranqüilo possível e rezou para que a criança que entrava com a mãe não ficasse perto (a coisinha gritava por um tal biscoitinho), mas era um dia bom. Sentaram à frente dela. Começando as duas viagens, lembrou:"Será que coloquei a ração pro gato?" Pensou no homem que iria ver... Era um homem forte, viril e um tanto truculento para o gosto dela. Nunca lembrava dos aniversários. Ela só lembrava de um gesto de carinho dele. Depois de uma discussão ele apareceu com um doce de abóbora daqueles de barraquinhas, bem ruinzinhosmesmo... ela adorou... para quem o conhecia sabia que era um privilégio receber dele um doce de abóbora, mesmo ruinzinho.

A criança fazia careta para ela e a mãe fingia nem perceber (ela sentiu uma vontade enorme de ter na bolsa uma daquelas balas que deixam a língua azul e dar para a tal coisinha).

Nos os anos de convivência percebia que ele gostava de se impor e exercer o poder que tinha. Começava de uma forma sutil, fala mansa, mas se precisasse chegaria aos extremos sem cerimônia. Esse extremo ela sentiu uma vez, queimando a face. Ela nunca aceitou, mas amava-o de uma forma intensa e quieta. Era estranho amá-lo sem admirá-lo. Será que tinha colocado a bendita ração?

Desceu no local marcado e sua mãe esperava com as costumeiras reclamações e indagações. A relação com a mãe era as das mais estranhas possíveis!Não se tocavam desde que tinha 10 anos. Algo se rompeu, o cordão umbilical que tem de ser eterno não existia entre as duas. Ela sentia por vezes um apelo desesperado da mãe por uma palavra mais amistosa. Não lembrava mais de como eram os olhos da mãe.Ela ajeitava o cabelo inquietamente mas aparentava calma. Nos passos até a clínica algo estranho... a viajem na sua cabeça não parava... " Já passei por esta rua... Quando foi? Acho que estava com Henrrique vindo daquela festa...". A mãe andava devagar por causa das pernas doentes, mas hoje ela não se importava, o dia estava calmo.

Derrepente sentiu no corpo e na alma um vento contrário. Não, na verdade não foi um vento! Foi um sopro que tinha o cheiro dele. Continuou andando mas já sabia que ele partira naquele exato momento.Chegou perto da cama, olhou para o corpo inerte. Não teve coragem de fazer o último carinho. Era estranho mas não conseguia sentir nada, nada.Achava natural a morte e olhava pra ele, olhava pra ele e não sentia.Ele morreu de câncer e ela só chorou no dia do enterro quando todas as imagens possíveis inundaram seu coração e seu corpo fraquejou.

Com ele durante toda sua vida ela não aprendeu muita coisa, mas nos último mês ele foi tão homem comum que ela finalmente conseguiu se ver nele um homem: Magro, frágil e desarmado. Pedia perdão e ela o consolava contando histórias divertidas da infância que ele nunca estava presente.Jamais admitiu entrar no quarto com aquelas máscaras verdes! Achava o cúmulo lembrar ao doente que ele estava doente! Não, pelo menos naquela hora não.Hoje gosta de lembrar dele, seu pai. Mas lembra sempre do homem frágil e com um doce na mão. Na verdade, o que ela mais queria na vida era ter ganho mais doces de abóbora.

Texto: Elaine Natal

"O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem." Guimarães Rosa

"Moço, cuidado com ela! Há que se ter cautela com esta gente que menstrua... Imagine uma cachoeira às avessas: cada ato que faz, o corpo confessa.Cuidado, moço! Às vezes parece erva, parece hera. Cuidado com essa gente que gera. Essa gente que se metamorfoseia. Metade legível, metade sereia."Elisa lucinda





























"O senhor sabe o que silêncio é? É a gente mesmo, demais."Guimarães Rosa

Eu por EU mesma


Sou carioca, canceriana do dia 02/07/1967, falo que penso, escovo os dentes no chuveiro, gosto das flores plantadas, de bala Mentos de menta, de cães, de Clarice Lispector, do cheiro de madeira, de mamão, de música, da noite, de quindim, de fotografias, de solo de guitarra, da África, de Quintana, do preto, do vermelho, de contos, do gosto de mulher, desenho animado...

...leio menos do que gostaria, nem sempre acordo de bom humor, perco as coisas... bolsas... papéis... tudo parece ter vida própria, não gosto de grito, gosto da lua, amo meu filho, gosto de andar sem sapato, cinema, tatuagens, palavras, nucas, mãos, braços (to sempre arrumando os pelos dos meus braços, pra ficar penteadinhos....fazer o que?).

...choro muito (por quase tudo), tenho TPM, trabalho bastante, sou adestradora, farei faculdade de veterinária ou biologia, não jogo peteca, fumo, detesto gente bêbada, gosto do vento, gosto qd dizem que beijo bem,gosto da história dos vampiros e dos assassinos em série, gosto de tv a cabo, desentupir coisas, tenho medo de tartaruga e de escuro, acho a Heloo Kit assustadora, coleciono lembranças numa caixa, gosto do diferente, ...

...gosto dos óculos nas mulheres, e das que falam o que gostam, só gosto das femininas, de piercings, salada de alface e tomate, palmito e laranja lima, do espiritismo, sem ficha na polícia, sem tapete no quarto, sem pedaços de ex amantes no freezer, detesto claridade, adoro incensos, tenho alguns bons amigos, calço 39, me expresso bem, sou romântica, gosto dos desafios, adoro argumentar e seduzir...

...gosto de escrever, de blues, adoro gato, não gosto de perfumes doces, nem de sapatos de salto, nem de acordar cedo, nem de bares com televisão, nem de brincos de ouro, nem de música sertaneja, nem de banheiro de ônibus, detestei o Titanic, amo meu trabalho, tenho uma queda – algo bem próximo de um tombo – por voz bonita...


... gosto de arrumar a casa, penduro as roupas no varal todas em ordem crescente, por tamanho... amo filmes e móveis antigos, adoro meu cabelo, dou nome a tudo que tenho (isso vai de planta a bonecos), adoro passear em papelarias, não sou possessiva, sou ciumenta, só durmo com os pés descobertos...

...sempre uso absorvente externo, chinelos e sandálias, detesto quando sou mt impulsiva, tenho tendência a engordar e ser dramática, sou protetora de todos que amo, não gosto de fazer ginástica, adoro sexo principalmente forte e transpirando, prefiro música nos fones, os vegetais crus, telefone celular, sexo com música internacional (pra não precisar entender a letra), prefiro tudo sem ar condicionado, pintura em madeira, o frio, abraços apertados, suco de melão ao leite, tomar chocolate quente em caneca e definitivamente prefiro as batas indianas.