Todos os meus amores, minhas dores, minhas palavras (sim, pq tem coisas que ficam muito melhores quando são lidas).Me colocarei aqui inteira e nua, sem mascarar nada principalmente meus defeitos. Sejam bem vindos!
terça-feira, 14 de abril de 2009
Vulcão
Quero uma boca carnuda, macia. Desnuda de palavras certas, pronta para berrar.
Quero um vulcão ameaçante, com larva, erupção, todo a se molhar.
Quero um corpo sem-vergonha, com tesão.
Que se disponha a mim com absoluta paixão!
Lado Marginal
O vento que soprou em mim agora trouxe de você um pouco... Teu cheiro...
Cheiro de amor e tesão.
Meu coração que já bate rouco, que só tem de louco esse querer sem medida.
Paixão descabida e inconseqüente.
Ninguém foi inocente. Foram somente dois corpos despidos de qualquer culpa, realidade.
Essa vontade, saudade...
Bocas se olhavam, olhos devoravam.
As mãos passeavam livres e soltas pela tua selva pequena e mortal.
Ah! Tuas esquinas, becos escuros.
Você foi o lado marginal do meu corpo, o mal mais puro que meu gemido pode gritar.
O corpo mais pleno, sedento, maravilhoso! Que fez do teu toque, sorriso e olhar, minha forma mais bonita de gozo.
Texto de: Elaine Natal
Gente, escrevi esse texto aproximadamente no ano de 1989.
Tenho um carinho gigantesco por esta escrita. Divido com vcs.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Arrebentação!!!
Sou eu mesma dentro e fora de qualquer lugar
Sou eu mesma sorrindo ou não, para mim, por mim, sou tudo
A festa de viver com força traz ressacas
Bebo todos os goles, como de tudo, sempre com uma calma irritante
Amo de todas as formas e quase nunca odeio
Estilhaços de corações são bonitos, mas nunca tentei colar nenhum
Me alimento como quem nunca comeu e ainda consigo sentir o gosto
Não termino nunca, estou sempre recomeçando com a alegria do novo, do desconhecido
Inundo-me de sentimentos para não ficar vazia
Tudo me serve, tudo me alimenta de alguma forma
E quando o mar revolto, transborda; deixo a maré subir, vazar pelos olhos, pelos poros
Tenho um vulcão, mas não queimo, só sei arder. Porque queimar dói.. arder, arrepia
Tenho uma tal ventania que me arrasta, me guia
Tenho a dor, um “que” de tristeza que me salva das gargalhadas nervosas de quem não sabe o que dizer
Não me peça menos, pq não sei medir
Não me olhe, sinta...
Tenho certezas, mas a dúvida é que me leva, que me sustenta
Pois o que me acalma é o que me arrebenta.
Texto: Elaine Natal
domingo, 12 de abril de 2009
Há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que nem eu mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista.
Sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada.
Florbela Espanca