sábado, 31 de janeiro de 2015


Isso


Isso que não ouso dizer o nome
Isso que dói quando você some
Isso que brilha quando você chega
Isso que não sossega, que me desprega de mim
Isso tem de ser assim...
Isso que carrego pelas ruas
Isso que me faz contar as luas
Isso que ofusca o sol
Isso que é você e sou sem fim

(Chico César)


terça-feira, 27 de janeiro de 2015


(Do amor)


Ama-me. Ainda é tempo. Interroga-me.
E eu te direi que nosso tempo é agora.
Esplêndida de avidez, vasta ternura
Porque é mais vasto o sonho que elabora

Há tanto tempo sua própria tessitura.

Ama-me. Embora eu te pareça
Demasiado intensa. E de aspereza.
É transitória se tu me repensas.


Hilda Hilst