Sou eu mesma dentro e fora de qualquer lugar
Sou eu mesma sorrindo ou não, para mim, por mim, sou tudo
A festa de viver com força traz ressacas
Bebo todos os goles, como de tudo, sempre com uma calma irritante
Amo de todas as formas e quase nunca odeio
Estilhaços de corações são bonitos, mas nunca tentei colar nenhum
Me alimento como quem nunca comeu e ainda consigo sentir o gosto
Não termino nunca, estou sempre recomeçando com a alegria do novo, do desconhecido
Inundo-me de sentimentos para não ficar vazia
Tudo me serve, tudo me alimenta de alguma forma
E quando o mar revolto, transborda; deixo a maré subir, vazar pelos olhos, pelos poros
Tenho um vulcão, mas não queimo, só sei arder. Porque queimar dói.. arder, arrepia
Tenho uma tal ventania que me arrasta, me guia
Tenho a dor, um “que” de tristeza que me salva das gargalhadas nervosas de quem não sabe o que dizer
Não me peça menos, pq não sei medir
Não me olhe, sinta...
Tenho certezas, mas a dúvida é que me leva, que me sustenta
Pois o que me acalma é o que me arrebenta.
Texto: Elaine Natal
Nenhum comentário:
Postar um comentário