segunda-feira, 13 de abril de 2009

Arrebentação!!!



Sou eu mesma dentro e fora de qualquer lugar

Sou eu mesma sorrindo ou não, para mim, por mim, sou tudo

A festa de viver com força traz ressacas

Bebo todos os goles, como de tudo, sempre com uma calma irritante

Amo de todas as formas e quase nunca odeio

Estilhaços de corações são bonitos, mas nunca tentei colar nenhum

Me alimento como quem nunca comeu e ainda consigo sentir o gosto

Não termino nunca, estou sempre recomeçando com a alegria do novo, do desconhecido

Inundo-me de sentimentos para não ficar vazia

Tudo me serve, tudo me alimenta de alguma forma

E quando o mar revolto, transborda; deixo a maré subir, vazar pelos olhos, pelos poros

Tenho um vulcão, mas não queimo, só sei arder. Porque queimar dói.. arder, arrepia

Tenho uma tal ventania que me arrasta, me guia

Tenho a dor, um “que” de tristeza que me salva das gargalhadas nervosas de quem não sabe o que dizer

Não me peça menos, pq não sei medir

Não me olhe, sinta...

Tenho certezas, mas a dúvida é que me leva, que me sustenta

Pois o que me acalma é o que me arrebenta.

Texto: Elaine Natal

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